AMBIDESTRIA COMERCIAL
- Prof. MSc Gustavo Vannucci

- 21 de out.
- 2 min de leitura
O segredo para transformar a pressão do dia-a-dia em crescimento e inovação contínua
No competitivo mercado brasileiro gestores comerciais enfrentam o desafio mensal de equilibrar eficiência em busca das metas. É nesse contexto que cunho o termo “Ambidestria Comercial” para expressar a capacidade de atuar visando a excelência operacional enquanto se explora novas oportunidades. A meu ver, a ambidestria é hoje a principal vantagem competitiva para quem deseja transformar resultados, fortalecer parcerias e impactar positivamente os hábitos de consumo.
O que é ambidestria e por que ela é urgente?
Publicado em 1996 na Harvard Business Review, o artigo de Tushman & O'Reilly e James G. March provocou o mundo corporativo ao refletir sobre o contexto "fazer mais do mesmo" o que resumo da seguinte forma:
“precisamos manter processos eficientes que garantam receita e lucro, e a flexibilidade para inovar antecipando o futuro”
Gustavo Vannucci
A ambidestria representa esse equilíbrio sutil entre o presente e o amanhã, essencial para que os times comerciais respondam ao dinamismo do mercado, às mudanças no comportamento do consumidor e às pressões da concorrência.
Impacto direto nas relações comerciais e no comportamento do consumidor
Dessa forma, a ambidestria transforma a relação entre indústria, varejo e consumidor, focando na tríade: troca de valor, confiança e colaboração. Times com perfil ambidestro deixam de ser apenas negociadores para atuarem como “consultores estratégicos”, exercitando a empatia como fundamento, compreendendo as necessidades específicas dos clientes e propondo soluções personalizadas.
Essa mudança impacta diretamente o comportamento do consumidor, que cada vez mais valoriza experiências de compra integradas com serviços inovadores, buscando mais do que preço: querem conveniência, variedade e novidades.
Como aplicar a ambidestria no time comercial?
Na minha jornada, desde 1989, exerci a experiência em vendas adotando a visão estratégica ampla. Buscava compreender a “demanda antes de fazer a oferta” em busca da redução do atrito, migrando a relação “transacional” para “relacional”. Para isso, focava na:
Auto capacitação constante: Ir além da execução conhecendo os fatores da inovação e consumo.
Cultura da experimentação: Valorizava iniciativas que testavam novos formatos e abordagens que impactavam a confiança do consumidor.
Gestão equilibrada: Criava ambientes que valorizavam lado a lado a produtividade e a inovação.
Trabalhar no Brasil, onde consumidores e mercados são diversificados, a ambidestria deixa de ser apenas uma vantagem para se tornar uma necessidade, pois é fundamental adaptar-se com agilidade e consistência aos novos tempos.
Ao incorporar esse mindset, acredito que você estará à frente da construção da próxima geração de líderes, contribuindo para o equilíbrio do tempo gasto entre “família, trabalho e amizades”.
Lembre-se que ambidestria comercial não é teoria, é a união da prática com o resultado, simultaneamente.


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